Extintos há 65 milhões de anos, os dinossauros ainda fascinam diversas pessoas inclusive cientistas. Reunimos a seguir algumas descobertas das ciência sobre esses animais.
Calor
No tempo dos dinossauros, a temperatura média da Terra era 10 graus acima da de hoje. O cálculo é de pesquisadores da universidade inglesa de Liverpool.
A razão de tanto calor era a digestão dos dinossauros herbívoros. Como os bois e vacas atuais, eles emitiam metano durante a digestão. Esse gás retém calor na atmosfera, no chamado efeito estufa.
Pelas contas dos cientistas, os dinossauros herbívoros juntos emitiam cerca de 520 milhões de toneladas de metano por ano. Mesmo nos dias de hoje, esse recorde ainda não foi batido, dizem os pesquisadores.
Pulgas
O que os dinossauros do passado tinham em comum com os cachorros de hoje em dia? Pulgas. Pelo menos, é o que afirma um estudo asssinado por pesquisadores do Museu Nacional de História Natural, de Paris.
Em escavações na Mongólia, eles localizaram pulgas que se alimentavam do sangue dos dinossauros. Para isso, elas contavam com um "sifão" longo e serrilhado e patas que se prendiam a esses animais.
De acordo com os cientistas, as pulgas encontradas mediam mais de 20 milímetros em alguns casos (as atuais têm, no máximo, 5 milímetros). Os pesquisadores afirmam que, com a extinção dos dinossauros, as pulgas teriam se adaptado para sugar o sangue de aves e mamíferos.
Artrites
Quando ficavam mais velhos, os dinossauros sofriam com artrites - assim como os humanos. A descoberta é de paleontólogos da universidade inglesa de Bristol.
Eles encontraram no sudeste da Inglaterra o fóssil do crânio de um pliossauro, tipo de dinossauro que habitou os mares há 150 milhões de anos.
No fóssil, foram identificados claros sinais de artrite na mandíbula. Ao que tudo indica, o animal sofreu com a doença durante anos.
Pioneiro
O dinossauro mais antigo já encontrado é o Nyasasaurus parringtoni. Quem afirma isso são biólogos da universidade de Washington, dos Estados Unidos.
Eles analisaram ossos desse animal, encontrado na Tanzânia na década de 1930 e verificaram que uma série de características físicas do bicho indicam que ele viveu há aproximadamente 240 milhões de anos.
Pelas estimativas dos pesquisadores, o Nyasasaurus pesava entre 20 e 60 quilos e podia medir até 3 metros de altura quando ficava de pé.
Vértebras
Cinquenta vértebras de um hadrossauro que viveu há 72 milhões de anos foram encontradas no México por pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História.
A partir dos ossos, os cientistas estimam que esse dinossauro media cerca de 12 metros. Os cientistas levaram 20 dias para conseguir recuperar todas vértebras localizadas.
Temperatura
Os dinossauros não tinham nem sangue frio (como os répteis de hoje), nem quente (como os mamíferos atuais). A conclusão é de pesquisadores da universidade americana do Novo México.
Após analisarem 400 animais, eles entenderam que os dinossauros possuíam um metabolismo intermediário - que lhes permitiu crescerem muito sem precisarem comer tanto para se manterem aquecidos (como aconteceu com os mamíferos).
Migrantes
Andar 300 quilômetros em busca de alimento era comum para alguns tipos de dinossauro. A descoberta é de geólogos da universidade americana do Colorado.
Durante trabalhos no oeste dos Estados Unidos, eles localizaram dentes de camarassauro. Esse tipo de dinossauro media 18 metros, pesava 20 toneladas e viveu na região há cerca de 150 milhões de anos.
A análise dos dentes desses animais permitiu que os cientistas descobrissem que, durante a estação seca, eles migravam para terras altas. Muito provavelmente, os dinossauros fugiam da falta de água e alimento na planície.
Plumas
Há 75 milhões de anos, dinossauros com plumas habitavam o Canadá. Fósseis de três animais com essas característica foram encontrados por paleontólogos da universidade canadense de Calgary.
Segundo os cientistas, o material encontrado indica que os dinossauros trocavam de plumas ao longo da vida. Fósseis parecidos já foram achados na Alemanha e na China.
Spinossaurus
Com características dos patos e crocodilos de hoje em dia, o Spinossaurus era um dinossauro capaz de nadar. Fósseis desse animal foram encontrados no Marrocos por paleontólogos da universidade americana de Chicago.
Segundo os pesquisadores, o Spinossaurus tinha até 15 metros de comprimento e viveu há 95 milhões de anos. Ele é o maior dinossauro carnívoro já encontrado até hoje.
Argentinossauro
Cientistas da universidade de Manchester, no Reino Unido, usaram computadores e dados para reconstituir os movimentos do Argentinossauro, o maior dinossauro que já existiu.
Encontrado por um fazendeiro argentino na década de 1980, esse dinossauro pesava cerca de 100 toneladas, tinha 45 metros de comprimento e 21 metros de altura. O bicho viveu há cerca de 100 milhões de anos.
Dreadnoughtus
Paleontólogos da universidade americana de Drexel localizaram ossos de um dinossauro Dreadnoughtus schrani no sul da Patagônia, na Argentina.
O Dreadnoughtus schrani viveu há cerca de 77 milhões de anos e pesava quase 60 toneladas, segundo estimativas dos cientistas. Com um pescoço de mais de 10 metros e cauda de quase 9, o animal tinha 26 metros de comprimento.
Koreaceratops
Vários ossos de um dinossauro da família dos ceratopsianos foram encontrados em Hwaseong, na Coreia do Sul. O achado foi tema de um artigo divulgado na publicação científica Naturwissenschaften.
Batizado pelos pesquisadores de Koreaceratops, o animal era um bípede de um metro e meio e vida semiaquática. Ao que tudo indica, ele tinha uma cauda plana - que usava para se movimentar na água.
Ovos
A reprodução por ovos pode ter sido um fator decisivo para a extinção dos dinossauros (e desenvolvimento dos mamíferos) 65 milhões de anos atrás. A tese é de cientistas da universidade de Zurique, na Suíça.
Em estudo divulgado na publicação científica Biology Letters, os pesquisadores defendem que os filhotes de dinossauros nasciam muito pequenos e precisavam competir por alimento com indíviduos mais velhos e animais de outras espécies.
Em função de uma grande mudança climática (possivelmente gerada pelo impacto de um asteroide ou outro astro na Terra), essa disputa teria se acirrado e os filhotes de dinossauro foram derrotados pelos mamíferos.
Para os cientistas, os mamíferos não sentiram tanto a mudança climática porque alimentavam seus filhotes e por isso, estão vivos até hoje.
Mineirinho
Já houve um tempo em Minas que bichos parecidos com crocodilos almoçavam dinossauros. Pelo menos, é o que afirmam pesquisadores da universidades de São Paulo (USP) e da canadense McGill.
Em Campina Verde (MG), eles localizaram restos de um animal que viveu há 70 milhões de anos. Batizado de Pissarrachampsa sera pelos cientistas, o bicho era uma espécie de crocodilo terrestre que chegava a ter 3 metros de comprimento.
Por se tratar de um animal carnívoro, o mais provável é que ele se alimentasse de dinossauros e outros crocodilos.
Mamíferos
Biólogos da universidade canandense de Calgary descobriram que a extinção dos dinossauros foi um dos principais fatores para o desenvolvimento dos mamíferos.
Com base na análise de fósseis, eles constataram que os mamíferos (que, na época dos dinossauros, tinham 15 quilos no máximo) chegaram a pesar 17 toneladas após a extinção dos dinossauros.
A ampla oferta de alimento deixada para trás pelos dinossauros seria a explicação do fenômeno, que depois regrediu e deu aos mamíferos a forma que conhecemos atualmente.
Meteoros
Um estudo realizado por cientistas da universidade escocesa de Aberdeen indica que uma chuva de meteoros (e não um asteróide) pode ter causado a extinção de dinossauros há 65 milhões de anos.
Localizada na Ucrânia, a cratera de Boltysh é o que motiva essa teoria. Nela, pesquisadores encontraram indícios de uma chuva de meteoros que teria ocorrido dois mil anos antes do impacto que deu origem à cratera de Chicxulub, no México.
Entre os cientistas, o impacto que deu origem à Chicxulub é geralmente associado a um asteroide e identificado como principal razão das transformações no planeta que levaram a extinção dos dinossauros.
Como o evento da Ucrânia foi anterior, ele pode ter disparado essas transformações.
Pássaros
Os pássaros de hoje são herdeiros diretos de dinossauros que viveram 50 milhões de anos atrás. A descoberta é de pesquisadores da universidade australiana de Adelaide.
Depois de examinarem mais de 1.500 traços anatômicos dos dinossauros, eles identificaram semelhanças entre as aves atuais e o dinossauros terópodes. Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram modelos matemáticos.
Clonagem
Usar amostras conservadas do DNA de dinossauros para cloná-los (como acontece no filme Jurassic Park) não é viável. A afirmação foi dada pelo cientista Bunce Michael, da universidade australiana de Murdoch.
Segundo o pesquisador, testes em laboratório com restos de pássaros extintos apontaram que o DNA de animais é capaz de se manter conservado por, no máximo, 6,8 milhões de anos. E mesmo assim, apenas em ambientes com temperaturas inferiores a 5 graus celsius negativo.
Estimativas indicam que os dinossauros foram extintos da terra há 65 milhões de anos. Logo, nenhuma amostra de DNA encontrada nos dias de hoje está em condições de passar por um processo de clonagem.
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