Este tem sido um grande ano para a descoberta de espécimes presos em âmbar, desde asas de pássaros, passando por penas de dinossauros até este inseto feioso. Mas esta nova descoberta pode ser a melhor que tivemos até agora: um bebê pássaro quase completo de 99 milhões de anos de idade, que viveu no tempo dos dinossauros. Cientistas encontraram o espécime em Mianmar, onde outros já compraram ou encontraram várias outras amostras incríveis nas minas de âmbar.
“Ver um animal tão preservado em âmbar é empolgante”, o autor do estudo, Ryan McKellar, contou ao Gizmodo. “Neste caso, temos todo o lado direito do corpo.”
O âmbar birmanês é bastante incrível. Não apenas são peças geralmente grandes e translúcidas, como também as minas no norte de Mianmar renderam muitos insetos e plantas incríveis recentemente, de acordo com a pesquisa publicada nesta quarta-feira, no periódico Gondwana Research.
Essa amostra específica preserva um bebê pássaro enantiornithe, que provavelmente estava parcialmente em sua primeira muda de penas, alguns dias ou semanas depois de chocar. A equipe analisou o pássaro com microscópios e uma microtomografia computadorizada, essencialmente um tipo especial de raio-x, para criar reconstruções em 3D. “É legal, porque preserva um estágio de crescimento muito inicial”, disse McKellar. A criatura ainda estava desenvolvendo as penas de sua cauda.
Os enantiornithes estão intimamente relacionados com os pássaros modernos. Mas, diferentemente das criaturas que fazem cocô em cima do seu carro, esse pássaro possuía dentes, garras em suas asas, um arranjo diferente de ossos em seus tornozelos e não tinha bico, disse McKellar. A amostra preserva uma estranha combinação de características, como penas de asa funcionais, mas não muitas penas no restante do corpo.
Infelizmente, embora o pássaro pareça bem legal, provavelmente não há nenhum DNA restante para fazer algum tipo de recriação maluca no estilo Jurassic Park, segundo a New Scientist. Toda a sua carne se transformou em carbono inutilizável.
Essa provavelmente não será a última ou a mais maluca amostra já encontrada em âmbar burmanês. Mas, até que a próxima apareça… caramba!
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