Trailer mostra os belos dinossauros do Jurassic World Evolution

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Durante a Gamescom deste ano a Frontier Developments causou alguma surpresa ao anunciar que estava trabalhando na criação de um jogo da franquia Jurassic World. O que causou espanto em alguns foi o fato do jogo ser do tipo “gerenciamento de parque”, talvez por associarem a desenvolvedora apenas ao desenvolvimento do simulador espacial Elite Dangerous. Porém, além do estúdio britânico ter nos dados recentemente o excelente Planet Coaster, ele possui um bom histórico com o gênero, tendo criado o Thrillville, o Coaster Crazy e dois RollerCoaster Tycoon. Contudo, faltava eles darem maiores detalhes sobre o Jurassic World Evolution e durante um evento realizado no último final de semana isso finalmente aconteceu. Para começar, vamos falar um pouco sobre a mecânica do jogo. A primeira coisa que faremos ao iniciar uma partida será enviar pesquisadores para diversas partes do mundo com o intuito de escavar fósseis. Isso será fundamental para criarmos novos dinossauros através da

Pesquisadores anunciam descoberta de precursores de dinossauros no RS

Espécies foram nomeadas de Buriolestes schultzi e Ixalerpeton polesinensis.Esqueletos foram encontrados em São João do Polêsine, no Centro do RS.


Um grupo de pesquisadores apresentou nesta quinta-feira (10) dois novos animais pré-históricos, considerados precursores dos dinossauros. Eles ganharam os nomes de Buriolestes schultzi e Ixalerpeton polesinensis. Os fósseis haviam sido encontrados em trabalho de campo entre 2009 e 2010 no sítio de Buriol, em São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul.

A descoberta foi anunciada de forma simultânea, por videoconferência no campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. A novidade também foi publicada nesta quinta-feira na revista científica norte-americana Current Biology.

Fósseis foram encontrados em São João do Polêsine, no Centro do Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/RBS TV)

Conforme o professor da Ulbra Sergio Furtado Cabreira, as duas espécies são do período triássico, ou seja, de mais de 320 milhões de anos. O pesquisador avalia a importância do achado. "Essa qualidade de material fóssil ela é raramente encontrada em qualquer lugar do mundo. É considerado um dos achados, nesse período, melhor conservados", afirmou. "Esses fósseis trazem informações fundamentais para entendermos a origem e a evolução dos dinossauros."

"Esses fósseis brasileiros trazem um novo cenário evolucionário para o início da irradiação (dispersão) dos dinossauros e abrem espaço para novas e desafiadoras questões. Uma delas seria: como seria o ancestral hipotético de todos os dinossauros? E qual seria o padrão de evolução dos dinossauros?", complementou o pesquisador.

Para o professor da USP Max Cardoso Langer, a descoberta comprova que os dinossauros teriam se originado na América do Sul. "A América do Sul e a África estavam unidas e a partir do que a gente tem hoje a América do Sul, a gente teve a irradiação (dispersão) dos dinossauros."

Ancestrais dos dinossauros seriam pequenos
Ao falar sobre a importância científica da descoberta, Cabreira observou que o Buriolestes schultzi "traz evidências que os dinossauros ancestrais seriam pequenos, carnívoros" e com características ósseas que permitiram uma postura bípede. Já em relação à outra espécie, o pesquisador entende que "aponta que os precursores dos dinossauros coexistiram com seus descentes" e sugere que a dispersão dos dinossauros ocorreu de forma mais lenta do que se imaginava.


Conforme o pesquisador da Ulbra, o Ixalerpeton polesinensis é um animal pequeno comparado pelo pesquisador a uma pequena ave. "Teria mais ou menos uns 40 centímetros de comprimento, por causa da cauda e teria uns 15 centímetros de altura. Seria muito leve e pesaria umas 150 gramas", explica Cabreira.

Já o professor da USP observa que o fóssil encontrado do Ixalerpeton polesinensis é um dos mais completos da família Lagerpetidae. "Tínhamos registros anteriores da Argentina, tinha parte da bacia e membros inferiores. Esse aí têm os primeiros registros de crânio, as primeiras evidências da coluna vertebral, cervical, do tronco. Partes do membro anterior também estão preservadas, coisa que não se conhecia para nenhum Lagerpetidae."

Já Buriolestesschultzi teria de 1,4 m a 1,5 m de comprimento e cerca de 50 centímetros de altura. O animal, ainda segundo o pesquisador gaúcho, pesaria em torno de 7 kg. O professor da USP complementa que o Buriolestes schultzi é do grupo Sauropodomorpha e são muito diferentes dos descendentes.

Pesquisadores compararam Ixalerpeton polesinensis a uma pequena ave (Foto: Reprodução/RBS TV)

"Para quem não sabe o Sauropodomorpha inclui aqueles gigantescos dinossauros quadrúpedes, herbívoros, pescoçudos, com uma cabeça diminuta. Isso indica que os primeiros Sauropodomorpha seriam muito diferentes daqueles seus descendentes gigantescos do (período) jurássico e do cretáceo. Os primeiros Sauropodomorpha eram um animal diferente, bípede e carnívoro."

Escolha dos nomes
O pesquisador da Ulbra observou que Buriolestes é uma homenagem a sítio Buriol, onde foram encontrados os fósseis. "Quer dizer, corredor ou ladrão, ou raptor ou caçador do sítio buriol", complementa Cabreira. Já schultzi é uma homenagem ao doutor Sérgio Leandro Schultzi do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Já Ixalerpeton, segundo o pesquisador, significa lagarto, saltador de ossos brancos. "Por quê? Ele é um animalzinho pequeno e pela sua estrutura óssea seria um saltador, muito ágil", explica Cabreira. Já polesinensis faz uma referência a cidade de São João do Polêsine.

Trabalho conjunto
O trabalho foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores brasileiros de diversas universidades do Brasil. Entre elas estão a Ulbra de Cachoeira do Sul e Canoas, a USP de Ribeirão Preto, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Centro Universitário La Salle (Unilasalle Canoas, RS), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC Concórdia, SC), Universidade e Coleção do Estado da Baviera para a Paleontologia e Geologia, Munique, Alemanha; e Escola de Geografia, Ciências da Terra e Ambientais da Universidade de Birmingham, da Inglaterra.


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